A Prefeitura de Belo Horizonte (MG) tomou a decisão de suspender os repasses financeiros destinados ao Instituto Pedagógico Crescendo Juntos, após a revelação de que seu presidente, Felipe Pereira Tomaino Ferreira, foi condenado por tráfico de drogas. O contrato, avaliado em R$ 2,6 milhões, tinha como objetivo atender crianças de 0 a 3 anos na rede municipal de Educação Infantil e estava programado para entrar em vigor nesta sexta-feira, 1º.
O convênio entre a administração municipal e a ONG, fundada em setembro de 2023, foi firmado apenas um mês após o credenciamento da entidade. A denúncia do caso foi inicialmente divulgada pela revista Veja, gerando forte repercussão e motivando a ação imediata da prefeitura.
Diante da gravidade das informações, a Secretaria Municipal de Educação notificou o instituto, exigindo a atualização da documentação e a comprovação da idoneidade de seus dirigentes. Em nota oficial, a prefeitura garantiu que nenhum repasse financeiro foi realizado até o momento e que a suspensão permanecerá em vigor até que a situação seja devidamente esclarecida.
“O credenciamento da ONG seguiu todas as normas municipais e federais”, informou a Secretaria em comunicado. No entanto, a administração municipal ressaltou que, diante da denúncia, suspendeu o início dos atendimentos e dos repasses até que a instituição regularize a composição administrativa e comprove a idoneidade de seus integrantes.
Felipe Ferreira, por sua vez, alega ter renunciado à presidência do instituto por motivos pessoais, apresentando uma carta de renúncia datada de 10 de julho, mas que só foi enviada à Prefeitura em 31 de agosto. A prisão de Ferreira ocorreu em 2018, resultando em uma pena reduzida para dois anos e seis meses em regime aberto, com um recurso pendente no Superior Tribunal de Justiça.
Fonte: http://revistaoeste.com