Deputado propõe Museu da Ditadura no Paraná em homenagem a Teresa Urban

O deputado estadual Goura (PDT) propôs ao governo do Paraná a criação do Museu da Memória da Ditadura Teresa Urban, a ser instalado junto ao Museu da Imagem e do Som (MIS-PR). A sugestão, formalizada em ofício, visa preservar a antiga prisão do local, transformando-a em espaço educativo dedicado às vítimas e à resistência durante o regime civil-militar (1964-1985).

A iniciativa busca homenagear a jornalista e militante Teresa Urban, símbolo da luta pelos direitos humanos e pela democracia no estado. Goura enfatiza que o museu terá como objetivo “guardar e expor os registros do período, promover ações educativas, homenagear as vítimas e fortalecer a democracia no Paraná”. A escolha do nome de Teresa Urban, segundo o deputado, é um reconhecimento à repressão sofrida por inúmeros paranaenses.

A proposta ressalta a importância de preservar o patrimônio histórico-cultural do período ditatorial no Paraná. O parlamentar argumenta que Curitiba e o estado foram palco de prisões, torturas e perseguições que devem ser lembradas como um alicerce para a democracia e os direitos humanos. “Estamos convictos de que a criação deste museu será um marco de reconhecimento histórico e de compromisso do Paraná com a verdade, a memória e a justiça”, afirma Goura.

Gunther Furtado, filho de Teresa Urban, acredita que a jornalista apoiaria a iniciativa, especialmente se o espaço promovesse ações educativas e culturais. “Ninguém foi dono da cabeça da Dona Teresa enquanto ela viveu, mas acho que ela gostaria da ideia. É importante resgatar o que ela falava sobre aqueles que nunca tiveram o seu ‘Nunca Mais'”, declara Furtado, fazendo referência ao projeto Brasil Nunca Mais.

Para garantir a qualidade e relevância da proposta, Goura sugere que o governo consulte o Comitê Estadual de Memória, Verdade e Justiça do Paraná (CEMVEJ) para um parecer técnico. O objetivo é alinhar a iniciativa às políticas de direitos humanos, garantir o tratamento ético às vítimas e salvaguardar a antiga carceragem. “Queremos que o comitê, por sua importância e relevância, avalie o sentido histórico, as diretrizes de conteúdo e possíveis recomendações”, conclui o deputado.

Fonte: http://www.assembleia.pr.leg.br

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