Justiça Argentina Intensifica Vigilância sobre Cristina Kirchner Após Condenação por Corrupção

A Justiça da Argentina elevou o nível de monitoramento sobre a ex-presidente Cristina Kirchner, incluindo seu nome em um sistema de controle migratório. A medida tem como objetivo prevenir uma possível fuga do país após a confirmação de sua condenação no caso ‘Vialidad’, que apura desvio de fundos públicos em obras rodoviárias. A decisão judicial ocorre em um momento de alta tensão política na Argentina, com debates acalorados sobre o futuro da ex-presidente e o impacto da condenação na cena política nacional.

Após a decisão da Suprema Corte argentina, o juiz Jorge Gorini, responsável pela execução da pena, notificou a Direção Nacional de Migrações sobre a situação de Cristina Kirchner e de outros oito condenados no mesmo caso. Essa ação visa reforçar a vigilância nas fronteiras, impedindo que os envolvidos deixem o país, especialmente em direção a nações que não possuem acordos de extradição com a Argentina. Os nomes foram inseridos em bancos de dados de entrada e saída, acompanhados de informações judiciais relevantes.

A lista de monitorados inclui, além de Cristina Kirchner, figuras como Lázaro Báez, empresário já preso por envolvimento no esquema, e outros ex-funcionários públicos. O objetivo é evitar que busquem refúgio em países como Cuba, onde poderiam aguardar um eventual indulto ou uma mudança no cenário político argentino. A medida demonstra a determinação da Justiça em garantir o cumprimento da pena imposta aos condenados.

Enquanto Lázaro Báez cumpre pena em regime fechado, a defesa de Cristina Kirchner solicitou prisão domiciliar, alegando questões de segurança e a idade da ex-presidente, que tem 72 anos. Em resposta, o juiz Gorini solicitou um relatório socioambiental do imóvel de Cristina Kirchner e pediu ao Ministério da Segurança uma lista de locais adequados para recebê-la, levando em consideração sua condição de figura pública. A decisão sobre a prisão domiciliar ainda está pendente.

O caso ‘Vialidad’ investiga um esquema de favorecimento a empresários com contratos milionários para obras rodoviárias, muitas vezes inacabadas, superfaturadas ou desnecessárias. Segundo a acusação, Cristina Kirchner teria atuado em conluio com ex-integrantes de seu governo para direcionar 51 licitações na província de Santa Cruz, terra natal de seu falecido marido, o ex-presidente Néstor Kirchner. A investigação detalha um intrincado sistema de corrupção que desviou recursos públicos e prejudicou o desenvolvimento da infraestrutura argentina.

Fonte: http://vistapatria.com.br

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