Encerrando sua agenda na França, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou uma visita inédita à sede da Interpol em Lyon, marcando o encontro com a assinatura de uma declaração de intenções entre o Brasil e a organização policial internacional. A visita coincidiu com a inclusão de Carla Zambelli na lista de procurados da Interpol.
Durante o evento, Lula discursou sobre a necessidade de cooperação internacional no combate ao crime, destacando a rápida evolução da criminalidade impulsionada pela tecnologia digital. Em reconhecimento ao trabalho do governo brasileiro, Lula recebeu uma medalha da Interpol.
“A criminalidade está evoluindo a uma velocidade sem precedentes, exigindo ações multilaterais, urgentes e coordenadas”, afirmou Lula, ressaltando a importância de enfrentar o crime organizado transnacional.
O presidente enfatizou a criação da diretoria de combate a crimes cibernéticos em seu governo, tratando como prioridade os delitos de alta tecnologia. Ele também mencionou a importância da governança do espaço digital e do enfrentamento às mudanças climáticas.
O acordo firmado entre Brasil e Interpol visa fortalecer o combate ao crime organizado, desmantelar redes criminosas transnacionais e aprimorar a tecnologia das forças de segurança pública. A proteção dos direitos humanos e de grupos vulneráveis durante operações policiais também foi destacada.
O secretário-geral da Interpol, Valdecy Urquiza, alertou sobre a ameaça global representada por organizações criminosas internacionais, como tráfico humano, prostituição infantil e crimes ambientais. Ele ressaltou que o acordo assinado possibilitará novas operações conjuntas e ampliará a cooperação entre o Brasil e a Interpol.
A visita de Lula à Interpol ocorreu em meio à inclusão da deputada Carla Zambelli na lista de foragidos internacionais da Interpol, após condenação a dez anos de prisão e perda do mandato. Zambelli e o hacker Walter Delgatti foram condenados por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Fonte: http://revistaoeste.com