O governo federal, em um movimento que intensifica a crise no INSS, afastou representantes de entidades de aposentados e pensionistas do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) nesta segunda-feira, 26. A medida surge em meio a investigações sobre possíveis fraudes em descontos indevidos nos benefícios previdenciários, gerando preocupação entre os segurados.
O Ministério da Previdência Social já havia comunicado na sexta-feira, 23, a suspensão dos integrantes ligados a essas entidades enquanto durarem as apurações. Segundo a pasta, algumas organizações estão sob investigação formal devido às irregularidades detectadas, o que motivou a decisão de afastamento.
A medida visa, segundo o secretário-executivo Adroaldo da Cunha Portal, “preservar a imagem do conselho”, uma vez que os descontos de associados dessas entidades estão no centro das investigações. O CNPS, instância crucial na definição de diretrizes para a Previdência, reúne representantes do governo, empregadores, trabalhadores, aposentados e pensionistas.
Até a última sexta-feira, 23, nenhum ato oficial havia sido publicado, conforme Portal, que prometeu um posicionamento formal nesta segunda-feira, 26. O conselho é composto por seis representantes de aposentados e pensionistas, ligados a cinco entidades diferentes. Três delas confirmaram ter recebido o aviso de destituição, enquanto uma solicitou afastamento voluntário.
A formalização da medida deve ocorrer antes da reunião inaugural do conselho, presidida pelo novo ministro Wolney Queiroz. A apuração sobre os descontos associativos indevidos será o tema central do encontro, onde o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, e o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, devem apresentar informações sobre o andamento das investigações e a devolução dos valores cobrados indevidamente.
Fonte: http://revistaoeste.com