A defesa do secretário da Fazenda de Maringá, Carlos Augusto Ferreira, contesta as acusações da Polícia Federal, alegando que seu cliente foi erroneamente associado a um esquema de narcotráfico internacional e lavagem de dinheiro. A Operação Mafiusi, deflagrada na última quinta-feira (16), cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do secretário, apreendendo veículos de luxo e seu telefone celular.
A investigação da PF aponta para uma possível ligação entre Ferreira e outros investigados, com quem teria atuado em uma fintech de crédito. No entanto, a defesa do secretário argumenta que as evidências apresentadas não se referem a ele, mas sim a um homônimo.
De acordo com a defesa, os prints de conversas incriminatórias com um suposto operador financeiro ligado ao tráfico, apontam para Carlos de La Cruz Hyppolito, sócio do Pinbank Brasil, identificado como “Carlao Carlos Pim Banc”. “Trata-se de outra pessoa”, enfatiza a nota divulgada à imprensa.
A nota ainda destaca que Ferreira não possui qualquer envolvimento com os fatos investigados e que o Ministério Público já foi notificado sobre a suposta confusão. A defesa espera que as devidas providências sejam tomadas para esclarecer o caso.
Em contrapartida, as investigações da Polícia Federal indicam que o secretário teria atuado como facilitador e operador financeiro da organização criminosa, realizando transações consideradas suspeitas. Entre elas, um envio de R$ 40 mil para contas distintas em dezembro de 2022 e a autorização de uma operação de R$ 1 milhão em abril de 2023, sob suspeita de simulação negocial para ocultar bens.
Durante a operação na residência de Carlos Augusto, foram apreendidos uma Ferrari avaliada em R$ 1,4 milhão e uma Mercedes de R$ 1 milhão. O caso segue em investigação, enquanto a defesa busca comprovar a alegada confusão de identidade.
Fonte: http://ric.com.br