A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação que culminou na prisão de Rodrigo de Melo Teixeira, ex-chefe da Diretoria de Polícia Administrativa da instituição, nesta quarta-feira, 17. Teixeira, que ocupou o terceiro cargo mais alto na hierarquia da PF entre 2023 e 2025, é investigado por envolvimento em um esquema de corrupção em órgãos ambientais.
A detenção do ex-diretor é parte de um desdobramento maior, com a PF cumprindo 22 mandados de prisão em Minas Gerais. As investigações apontam para um amplo esquema de corrupção que envolve diversos nomes do setor público.
Rodrigo Teixeira havia sido nomeado para o cargo no início da gestão do atual diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues. A Diretoria de Polícia Administrativa, liderada por Teixeira, é responsável por áreas sensíveis como controle de armas, segurança privada e imigração.
Até o momento, a PF não detalhou as circunstâncias específicas que levaram à prisão de Teixeira, nem o seu grau de envolvimento com os demais alvos da operação. A expectativa é que novas informações sejam divulgadas em breve.
Além da prisão de Teixeira, a operação também resultou na detenção de Caio Mário Trivellato Seabra Filho, diretor da Agência Nacional de Mineração. A investigação solicitou o afastamento de servidores, o bloqueio de R$ 1,5 bilhão em ativos e a suspensão das atividades de empresas supostamente envolvidas no esquema, que reúne mais de 40 empresas.
No ano passado, Teixeira integrou o Comitê de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras por indicação do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O ex-diretor também possui um histórico de atuação em cargos estratégicos no setor público, tendo sido secretário-adjunto da Secretaria de Defesa Social de Minas Gerais, presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente e secretário Municipal de Segurança e Prevenção de Belo Horizonte.
Fonte: http://revistaoeste.com
