Os vereadores de Curitiba decidiram por 29 a seis (bancada da esquerda e independentes) instaurar uma Comissão Processante para avaliar a cassação da primeira vereadora do Psol no legislativo por apologia às drogas ao distribuir material impresso durante uma audiência pública, realizada no início de agosto, no auditório da Câmara.
Com a decisão, três parlamentares foram sorteados para participarem da Comissão Processante: Renan Ceschin, do Podemos, será o presidente; Olímpio Araujo Lima, o Olímpio Mundo Polarizado, do Partido Liberal, do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficará com a relatoria, e Zezinho do Sabará, do PSD do governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A denúncia foi apresentada pelos vereadores de direita Da Costa (UB) e Bruno Secco (PMB) e antes de chegar a plenário passou pelo corregedor Sidnei Toaldo (PRD), que viu indícios de infração ético disciplinar punível com suspensão ou cassação de mandato, tomando como base o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.
Para ter 38 vereadores com condições de voto, o presidente Tico Kuzma (PSD) convocou os suplentes Mestre Pop (UB), Doutor Taffarel (PMB) e Jaime Fortunato (PRD) para participarem da sessão dos vereadores no lugar do corregedor Sidnei Toaldo e dos denunciantes Bruno Secco e Da Costa.
Professora Angela tenta escapar da denúncia afirmando que a cartilha “divulga e introduz brevemente a estratégia do uso de redução de danos com foco em quem já faz o uso das substâncias”.
O Blog do Tupan consultou informalmente um especialista da área, ele disse que a tese da vereadora do Psol caiu em desuso há mais de 15 anos por não apresentar bons resultados.
A Comissão Processante deverá notificar Professora Angela nos próximos cinco dias e o processo deve terminar em até 90 dias.
A acusada disse a imprensa que o julgamento dela será político e segue um padrão da extrema direita que busca “criminalizar mandatos combativos no Brasil inteiro” e corre atrás de “likes para as redes sociais, gerando pânico moral”.
O advogado Juliano Pietzack disse que a defesa avalia recorrer ao Judiciário, reclamando da celeridade para decidir pela Comissão Processante.
Professora Angela errou ao usar o espaço público para pedir a legalização da maconha e entregar uma cartilha para ensinar o consumo de drogas, neste clima polarizado de guerra de radicais, entre a extrema direita e a extrema esquerda, é bem possível que o julgamento dela acabe se transformando em algo político, assim como vem acontecendo a nível federal.
Mas a direita não vai admitir isso a nível municipal.
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Fonte:Blog do Tupan
