Osvaldo dos Santos Pereira Júnior, 33 anos, faleceu nesta segunda-feira (29) em Maringá, no norte do Paraná, após 40 dias de internação. Ele havia sido baleado em 19 de agosto durante uma intervenção da Polícia Militar em uma unidade de medicina do trabalho. O caso reacende o debate sobre segurança pública e saúde mental na região.
Segundo informações da Polícia Militar, Osvaldo invadiu o local portando duas facas, sob a alegação de que realizaria um exame demissional. No entanto, a situação escalou rapidamente. A PM relatou que, dentro da unidade, ele teria assediado duas mulheres e ameaçado um homem que tentou intervir, gerando um clima de pânico e insegurança.
De acordo com o relato policial, a equipe encontrou Osvaldo em uma sala com um psicólogo e solicitou que ele saísse do local. A PM alega que ele reagiu à abordagem, tentando atacar os policiais com as facas. Diante da ameaça iminente, os agentes efetuaram disparos contra o suspeito.
O Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência) foi acionado e encaminhou Osvaldo ao hospital. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu aos ferimentos. A morte de Osvaldo levanta questionamentos sobre os protocolos de abordagem policial em situações envolvendo pessoas com histórico de problemas mentais.
Em março de 2019, Osvaldo havia sido absolvido pela morte de Orivaldo José da Silva Filho, um estudante da UEM (Universidade Estadual de Maringá), esfaqueado em um pensionato. A absolvição se deu “por motivos de doença mental, incapaz de entender o ato ilícito do fato”. Orivaldo, de 22 anos, era natural de Conchas (SP) e se preparava para o doutorado em Química.
Fonte: http://massa.com.br