Em um anúncio que surpreendeu o cenário internacional, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta segunda-feira um ambicioso plano de paz visando encerrar o conflito entre Israel e o Hamas. A proposta, apresentada na Casa Branca ao lado do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, detalha a possível criação de um Estado Palestino e inclui medidas controversas, como a anistia a membros do Hamas. Netanyahu, segundo Trump, concordou com os termos propostos.
“O plano que apresentamos hoje está focado em acabar com a guerra imediatamente, resgatar todos os nossos reféns e criar condições para a segurança israelense duradoura e o sucesso palestino”, declarou Trump, ressaltando o momento como um “dia histórico para a paz”. O acordo, caso implementado, envolverá a libertação de reféns e a retirada gradual de tropas israelenses da Faixa de Gaza.
O plano de paz estipula que o Hamas terá um prazo de 72 horas para libertar os reféns vivos e entregar os corpos ainda em sua posse. Em contrapartida, Israel se comprometeria a libertar um número significativo de prisioneiros palestinos, incluindo aqueles condenados à morte ou detidos após os ataques de outubro de 2023, além de devolver corpos em troca dos reféns libertados. Essa troca de prisioneiros é vista como um ponto crucial para o avanço das negociações.
Além disso, a proposta prevê anistia para combatentes do Hamas que aceitarem coexistir pacificamente na região, oferecendo a alternativa de saída segura para aqueles que optarem por deixar a Palestina. A desmilitarização da área, sob supervisão internacional, abriria caminho para a entrada de ajuda humanitária, coordenada pela ONU, Cruz Vermelha e outras organizações.
Para o futuro da região, o plano propõe a criação de um governo de transição palestino, de caráter “tecnocrático e apolítico”, supervisionado por um “Conselho da Paz” liderado por Trump, com a participação de figuras como o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. No âmbito econômico, o projeto visa a restauração das linhas de energia de Gaza e a implementação de uma zona econômica especial, contando com apoio financeiro de países árabes e muçulmanos, que também integrariam uma força de estabilização temporária para treinar policiais palestinos.
Caso todas as etapas sejam cumpridas com sucesso, o governo dos Estados Unidos afirma que o plano pavimentará o caminho para a “autodeterminação e a criação de um Estado palestino”. A complexidade e a sensibilidade da proposta, no entanto, exigirão negociações intensas e o engajamento de todas as partes envolvidas para que a paz duradoura se torne uma realidade.