A possível candidatura de Flávio Bolsonaro à presidência em 2026, impulsionada por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, gerou um turbilhão de reações no cenário político. A indicação, vista por alguns como uma tentativa de manter vivo o legado da direita, expôs divergências entre aliados e reacendeu a polarização no país.
Flávio Bolsonaro expressou, em suas redes sociais, o peso da responsabilidade que lhe foi atribuída: “manter vivo” o projeto político defendido por seu pai. A movimentação ocorre em um momento delicado, com Jair Bolsonaro cumprindo pena de prisão, o que o impede de concorrer diretamente ao pleito.
A reação de partidos alinhados ao governo não tardou. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) minimizou a pré-candidatura, reafirmando a confiança na reeleição de Lula. Guilherme Boulos (PSOL), ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, adotou um tom irônico, prevendo que “Lula derrotará o filho”, assim como derrotou o pai.
Enquanto figuras da direita expressaram apoio, como Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vê no irmão a continuidade dos ideais do pai, outros nomes importantes demonstraram cautela. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), reiterou sua própria pré-candidatura, confiante na vitória da direita, mesmo com a entrada de Flávio na disputa.
Pesquisas recentes, como o levantamento AtlasIntel/Bloomberg, ainda apontam Lula à frente nas intenções de voto. No entanto, a oficialização da pré-candidatura de Flávio Bolsonaro promete agitar o cenário político e intensificar o debate sobre o futuro do país, com reflexos que certamente impactarão as eleições de 2026.
