O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, projeta um crescimento econômico médio de 2,8% para o governo Lula, um número que, segundo ele, pode ser o mais expressivo desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso, ficando atrás apenas dos dois primeiros mandatos do próprio Lula. A estimativa, baseada em dados do Banco Central e de instituições financeiras, sinaliza uma trajetória de recuperação e estabilidade econômica.
Haddad enfatizou que os indicadores atuais refletem uma melhora consistente nas condições econômicas do país, especialmente no controle da inflação. “A inflação em quatro anos vai ser a menor de toda a história do Brasil”, declarou durante a 6ª reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável (CDESS). O ministro destacou a capacidade do governo em conciliar a queda da inflação com a redução do desemprego.
Além disso, Haddad prevê que o governo encerrará o mandato com a menor taxa média de desemprego em quatro anos desde o início da série histórica, estimada em 6,6%. Ele atribui esse resultado a um mercado de trabalho aquecido, com redução da informalidade e da subutilização da força de trabalho. “Na margem estamos com 5,4%”, complementou o ministro.
O rendimento médio real do trabalhador também atingiu o maior valor já registrado, chegando a R$ 3.507. Esse aumento, segundo Haddad, é resultado da expansão do emprego formal e da política de valorização do salário mínimo. O ministro também mencionou a redução da desigualdade e a menor prevalência de subnutrição no país como indicadores positivos.
Em relação às projeções econômicas, Haddad criticou as previsões que, segundo ele, frequentemente não se confirmam. “Eu fico às vezes perplexo de ver previsões que reiteradamente não se confirmam”, afirmou, defendendo maior rigor nas estimativas divulgadas por analistas do mercado. Ele também ressaltou a importância de considerar os desafios remanescentes para o desenvolvimento econômico do país.
O ministro destacou a redução do déficit fiscal em comparação com as gestões anteriores. “O déficit fiscal do mandato do presidente Lula vai ser 70% menor do que o governo anterior”, afirmou, classificando o resultado como um sinal de recomposição das contas públicas e de maior responsabilidade fiscal.
Fonte: http://jovempan.com.br
