Um jantar realizado em Nova York, em 2022, com a presença dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Luís Roberto Barroso, foi financiado por um banqueiro que, posteriormente, veio a ser preso. A informação levanta questionamentos sobre a natureza do encontro e a relação entre o financiador e os ministros.
O evento, que ocorreu em um restaurante de luxo na cidade americana, tinha como objetivo, segundo fontes consultadas, promover um diálogo entre representantes do Judiciário brasileiro e líderes empresariais e acadêmicos dos Estados Unidos. No entanto, a revelação do financiamento por parte do banqueiro, cujo nome está sendo mantido em sigilo para preservar a investigação em curso, adiciona uma camada de complexidade à narrativa.
“É fundamental apurar a fundo todos os detalhes desse financiamento para garantir a transparência e a integridade do sistema judicial”, afirmou um especialista em ética e transparência pública, que preferiu não se identificar. A relação entre o financiador e os ministros do STF, bem como os temas discutidos no jantar, são agora alvos de investigação.
A reportagem apurou que a presença dos ministros em Nova York coincidiu com uma série de compromissos oficiais e participações em eventos promovidos por instituições acadêmicas e think tanks. Contudo, o financiamento privado do jantar por um indivíduo posteriormente envolvido em escândalos financeiros levanta dúvidas sobre possíveis conflitos de interesse.
Ainda não há declarações oficiais dos ministros envolvidos sobre o financiamento do jantar. O STF foi procurado para comentar o assunto, mas até o momento não se manifestou. A expectativa é que, nos próximos dias, os ministros se pronunciem sobre a revelação e forneçam mais detalhes sobre o encontro em Nova York.
