A Coreia do Norte realiza eleições a cada cinco anos, um processo que, segundo analistas, carece de legitimidade democrática. O regime apresenta um único candidato em cada distrito, tornando a votação um mero formalismo para endossar o poder vigente.
O eleitor norte-coreano enfrenta uma escolha binária: ‘sim’ ou ‘não’. No entanto, votar ‘não’ implica em fornecer nome e endereço, uma prática que, na prática, elimina qualquer oposição. Conforme relatam observadores, esse sistema desencoraja a dissidência e garante resultados favoráveis ao governo.
“A atmosfera de medo e intimidação torna impensável qualquer voto contrário”, afirma um exilado norte-coreano que preferiu não ser identificado. A pressão social e as potenciais consequências para o eleitor e sua família contribuem para a aparente unanimidade nos resultados eleitorais.
Críticos apontam que as eleições na Coreia do Norte são um exemplo de como um regime autoritário utiliza a fachada da democracia para consolidar seu controle. A ausência de opções reais e a falta de transparência minam qualquer credibilidade do processo eleitoral. O cenário, portanto, reforça a imagem de um país isolado e com restrições severas às liberdades individuais.
