O ex-deputado federal Aldo Rebelo, em declarações contundentes, lançou duras críticas à política ambiental do governo Lula, alegando submissão a interesses estrangeiros. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Rebelo acusou o governo de permitir que ONGs, financiadas por entidades de fora do país, controlem o Ministério do Meio Ambiente, prejudicando o desenvolvimento nacional. As acusações ganham destaque durante a realização da COP30 em Belém, evento climático de grande importância global.
Rebelo argumenta que o Ministério, atualmente sob a gestão de Marina Silva, estaria sendo instrumentalizado por ONGs para impedir o avanço econômico do Brasil. Segundo ele, essas organizações atuam alinhadas com agendas internacionais, em detrimento da soberania brasileira. “Há uma caixa preta dentro do Estado brasileiro e a caixa preta é controlada e administrada por organizações não governamentais financiadas do exterior, a serviço de interesses internacionais, contra o Brasil”, disparou o ex-deputado.
O ex-ministro detalhou sua acusação, alegando que as ONGs inserem seus representantes no Ministério do Meio Ambiente, onde atuam internamente para promover seus interesses. Posteriormente, esses mesmos indivíduos retornariam às ONGs, exercendo influência externa sobre a pasta. “Colocam seus elementos dentro do Ministério. Fazem o serviço das ONGs dentro do Ministério, depois eles saem do Ministério e voltam para as ONGs para controlar o Ministério de fora. Controlam de dentro e controlam de fora”, declarou Rebelo, enfatizando a necessidade de combater essa situação que considera prejudicial aos interesses nacionais.
Rebelo também questionou a aparente contradição entre o discurso de Lula favorável à exploração de petróleo na Margem Equatorial e a manutenção de figuras contrárias à medida no comando do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente. “Lula não pode se apresentar como inocente… A responsabilidade também é dele. Não há nenhuma inocência nesse complô contra o Brasil”, afirmou o ex-deputado, levantando dúvidas sobre a coerência da política ambiental do governo.
O ex-deputado também apontou a concentração de recursos financeiros nas mãos das ONGs, sem que haja resultados concretos para a população da Amazônia. Para ilustrar, Rebelo citou o município de Uiramutã, em Roraima, onde os indicadores de alfabetização e qualidade de vida da população indígena permanecem entre os piores do país. Dados do IBGE mostram que a taxa de analfabetismo em Uiramutã, entre pessoas com mais de 15 anos, aumentou entre 2010 e 2022.
Aldo Rebelo, com uma longa trajetória política, tendo sido deputado federal por seis mandatos e ocupado diversos ministérios, concluiu seu ataque afirmando que a atuação das ONGs é incompatível com os interesses do Brasil e representa um obstáculo ao desenvolvimento. “Ou o Brasil acaba com essas ONGs ou as ONGs vão acabar com o Brasil”, finalizou.
