O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), utilizou suas redes sociais para divulgar uma lista parcial dos mortos na Operação Contensão, realizada recentemente no estado. Segundo o político, dos 117 suspeitos mortos, 59 foram identificados, e todos possuíam histórico criminal. A divulgação gerou debates sobre a letalidade da ação e a necessidade de transparência nas investigações.
Castro também informou que 22 dos identificados eram provenientes de outros estados, incluindo seis do Pará e seis do Amazonas. A lista inclui ainda nomes da Bahia, Goiás, Espírito Santo, Ceará e Paraíba. Essa informação levanta questões sobre o alcance da operação e o perfil dos envolvidos.
Entre os mortos, foram identificados quatro chefes do tráfico de diferentes estados: Russo (Vitória), Chico Rato (Manaus), Mazola (Feira de Santana) e Fernando Henrique dos Santos (Goiás). No entanto, o principal alvo da operação, Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho, conseguiu escapar. A fuga de Doca representa um revés para as forças de segurança.
O balanço oficial da Operação Contensão aponta para 121 mortes, incluindo 117 suspeitos e 4 policiais. Além disso, foram registradas 113 prisões, a apreensão de 10 menores infratores e a apreensão de um vasto arsenal, incluindo 91 fuzis e uma tonelada de drogas. Os números da operação reacendem o debate sobre a violência no Rio de Janeiro e as estratégias de combate ao crime organizado.
“Todos os identificados tinham algum tipo de passagem pela polícia”, afirmou o governador Cláudio Castro ao divulgar a lista. A declaração, entretanto, não encerra as discussões sobre a legitimidade e a proporcionalidade da operação, que segue sob investigação e acompanhamento por órgãos de direitos humanos.
Fonte: http://ric.com.br
