Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou que a advogada Lia Rachel de Sousa Pereira Santos, filha do desembargador José James Gomes Pereira, do Tribunal de Justiça do Piauí (TJPI), teria sido beneficiada por um esquema de compra e venda de sentenças. A alegação é que uma casa avaliada em R$ 2 milhões foi quitada como propina, em um esquema que operava dentro do gabinete do desembargador.
O relatório da PF, ao qual nossa coluna teve acesso, detalha como o esquema funcionava. A suspeita é que o desembargador usava seu cargo para favorecer partes em processos judiciais, em troca de vantagens financeiras. A quitação do imóvel em nome da filha seria uma das formas de pagamento ilícito.
De acordo com a investigação, a Polícia Federal reuniu indícios robustos que ligam a quitação da casa à atuação do desembargador no esquema. “A materialidade e a autoria [do crime] estão bem delineadas”, afirmou um investigador envolvido no caso, sob condição de anonimato. O caso segue em investigação.
A reportagem tentou contato com a defesa do desembargador José James Gomes Pereira e da advogada Lia Rachel de Sousa Pereira Santos para obter um posicionamento sobre as acusações, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. O espaço permanece aberto para manifestações futuras.
