Uma investigação em curso revela um esquema fraudulento de proporções bilionárias que lesou aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). No centro da apuração está uma associação suspeita de validar biometricamente novos filiados de forma irregular, utilizando empresas que não possuíam qualquer vínculo contratual com a entidade. A prática levanta sérias questões sobre a segurança e a integridade do processo de filiação.
Entre as empresas citadas na investigação estão nomes como Uber, Serasa, Sicoob e Caixa. A utilização indevida da validação biométrica dessas empresas sugere uma tentativa de burlar os mecanismos de controle do INSS, facilitando a inclusão de indivíduos de forma fraudulenta no sistema previdenciário. A extensão do impacto financeiro dessa fraude ainda está sendo calculada, mas estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja considerável.
“Estamos apurando todas as denúncias para identificar os responsáveis e garantir que sejam punidos exemplarmente”, afirmou um investigador envolvido no caso, que preferiu não se identificar. A Polícia Federal e o Ministério Público Federal atuam em conjunto na investigação, buscando rastrear o fluxo do dinheiro desviado e identificar todos os envolvidos no esquema, desde os responsáveis pela validação biométrica irregular até os beneficiários da fraude.
As autoridades investigam a possibilidade de participação de funcionários do próprio INSS no esquema, o que agravaria ainda mais a situação. A apuração busca determinar se houve conivência interna ou se a fraude foi perpetrada exclusivamente por agentes externos. O caso expõe a vulnerabilidade do sistema de controle do INSS e a necessidade urgente de reforçar os mecanismos de segurança para evitar novas fraudes no futuro.