Bullying sob o microscópio: Assembleia Legislativa do Paraná debate o impacto sociocultural na violência entre jovens

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) promoveu um debate crucial sobre o bullying e suas raízes socioculturais. A iniciativa, liderada pela Comissão de Cultura e presidida pelo deputado Nelson Justus, reuniu especialistas para discutir estratégias de prevenção e combate a essa forma de violência que afeta crianças e adolescentes, tanto no ambiente escolar quanto online.

O evento, intitulado “Aspectos Socioculturais e Bullying”, destacou a importância de romper o silêncio que frequentemente envolve essa prática. Psicólogos, profissionais da segurança pública e educadores compartilharam suas perspectivas sobre o papel da família, da escola e da sociedade na construção de um ambiente mais seguro e acolhedor para os jovens.

Fabiana Canda, psicóloga e neuropsicóloga, enfatizou a necessidade de aumentar a conscientização sobre o bullying, afirmando que “quanto mais conhecimento e mais notificação, melhor para definir as formas de enfrentar o problema”. Ela ressaltou a importância de munir pais e escolas com informações para combater eficazmente essa violência.

Coronel Jorge Costa Filho, da Polícia Militar do Paraná, apontou para a influência do ambiente familiar no comportamento dos jovens. “Educação começa, sim, em casa, com o exemplo dos pais”, afirmou, ressaltando a importância de uma participação ativa dos pais na vida dos filhos para prevenir a disseminação do bullying.

Gustavo Barbosa Camargo, especialista em Direito Educacional, destacou o papel central da escola no combate ao bullying. Ele enfatizou a importância de protocolos claros e vigilância constante no ambiente escolar. “A escola tem papel decisivo nesse enfrentamento, até porque o bullying, na grande maioria dos casos, ocorre dentro do ambiente escolar”, explicou.

Camargo também alertou para a responsabilidade da escola em casos de omissão, ressaltando que os administradores podem ser responsabilizados criminalmente se a instituição não possuir regulamentos claros sobre o tema ou falhar na identificação e documentação dos casos. O debate na Assembleia Legislativa reforça a urgência de ações coordenadas entre família, escola e sociedade para proteger os jovens do bullying.

Fonte: http://www.assembleia.pr.leg.br

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