A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria considerando se aposentar antes da data compulsória, prevista para 2029. A informação foi divulgada inicialmente pelo portal Cláudio Dantas nesta segunda-feira (13), que cita interlocutores da ministra. A possibilidade de antecipar a saída da magistrada, ainda durante o governo Lula, levanta questões sobre o futuro do Supremo e a composição da Corte.
De acordo com a publicação, o desgaste emocional seria um fator preponderante na decisão de Cármen Lúcia. O portal também menciona que, a exemplo do ministro Barroso, ela buscaria equilíbrio em práticas espirituais. “Assim como Barroso, a ministra teria buscado apoio em práticas espirituais alternativas como forma de equilibrar corpo e mente”, afirma o texto original.
A matéria do portal levanta ainda outras questões que poderiam influenciar a decisão da ministra. Dentre elas, a revogação de seu visto americano e o receio de ser alvo da Lei Magnitsky, com possíveis restrições financeiras e de movimentação internacional. Há ainda a informação, não confirmada, de que Cármen Lúcia apoiaria informalmente lobistas que defendem a nomeação de uma mulher para a vaga de Barroso.
Até o momento, a assessoria da ministra mantém discrição e não houve confirmação oficial sobre a intenção de aposentadoria antecipada. A cautela da assessoria e o comportamento institucional discreto de Cármen Lúcia contrastam com a especulação crescente em torno de sua possível saída do STF. A eventual aposentadoria da ministra abriria um importante debate sobre a escolha de seu sucessor e os rumos da Corte.
