Após a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e Hamas, cerca de 200 mil palestinos retornaram às suas casas no norte da Faixa de Gaza, conforme informou a Defesa Civil de Gaza nesta sexta-feira. O movimento representa um alívio para a população, que enfrentou intensos conflitos nas últimas semanas. A expectativa é que o acordo de trégua proporcione um período de estabilidade e permita a reconstrução das áreas afetadas.
Em paralelo, as Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram o reposicionamento de suas tropas, em preparação para as próximas fases do acordo, que incluem a libertação de reféns israelenses. “As tropas no Comando Sul estão posicionadas na área e continuarão a eliminar qualquer ameaça imediata”, declarou a IDF em comunicado oficial. O reposicionamento estratégico visa garantir a segurança e a implementação dos termos acordados.
O acordo de cessar-fogo, aprovado pelo governo de Benjamin Netanyahu após negociações com representantes dos Estados Unidos, é visto como um passo crucial para a estabilização da região. “Israel lutou por dois anos para alcançar seus objetivos de guerra e está prestes a conseguir”, afirmou Netanyahu, ressaltando a esperança no retorno dos reféns ainda sob custódia do Hamas.
Do lado palestino, Khalil al-Hayya, líder da equipe de negociação do Hamas, confirmou o recebimento de garantias dos EUA para a implementação da primeira fase do plano de paz. Este plano inclui a libertação de 250 palestinos condenados à prisão perpétua e 1.700 detidos de Gaza, segundo a Al Jazeera. Contudo, al-Hayya enfatizou que o Hamas não aceitará o desarmamento, uma exigência prevista nas etapas futuras do acordo. “Nenhum palestino aceita o desarmamento”, declarou o negociador, indicando um ponto de potencial tensão nas negociações futuras.
