A secretária e deputada estadual Márcia Huçulak (PSD) defendeu, em audiência pública, a necessidade de ampliar o debate e o acesso à informação sobre o climatério. O objetivo é fortalecer as políticas públicas voltadas para a saúde da mulher nessa fase crucial da vida. A audiência, intitulada “A Saúde da Mulher no Climatério”, foi promovida pela Bancada Feminina da Assembleia Legislativa.
“É um assunto ainda tabu para muitas mulheres”, ressaltou Márcia Huçulak durante a abertura do evento. Ela enfatizou a importância de romper o silêncio e disseminar informações precisas sobre o climatério, a fim de garantir que as mulheres recebam o apoio e o tratamento adequados.
A deputada criticou a persistente visão da mulher como mera reprodutora, negligenciando as necessidades de saúde após o período fértil. “As mulheres não são descartáveis depois do período reprodutivo. Há muitos pontos que merecem atenção”, argumentou, evidenciando a importância de uma abordagem mais abrangente e humanizada.
O climatério, que geralmente ocorre entre os 40 e 65 anos, marca a transição da fase reprodutiva para a não reprodutiva, culminando na menopausa. As transformações hormonais características desse período podem impactar significativamente a saúde física, mental e emocional da mulher, afetando sua qualidade de vida. Ampliar os estudos sobre o tema nos cursos de formação em saúde no Paraná, hoje ainda com pouca oferta, é essencial, segundo Márcia Huçulak.
Em um avanço significativo, a Alep aprovou, em junho, a Lei do Climatério (22.478/2025). A legislação estabelece o climatério como prioridade na saúde do estado, assegurando assistência adequada para as mulheres que vivenciam essa fase. A medida representa um importante passo para garantir o bem-estar e a qualidade de vida das mulheres paranaenses.