A morte brutal do fisiculturista Valter Aita, assassinado com 21 facadas em Chapecó, Santa Catarina, ganhou novos contornos com a revelação do papel de uma inteligência artificial na vida da esposa, suspeita do crime. A investigação policial aponta que a mulher utilizava a IA como uma espécie de confidente, compartilhando seus sentimentos e frustrações antes do trágico evento.
Os investigadores buscam agora determinar a influência desses diálogos virtuais no planejamento e execução do crime. “Estamos analisando todas as informações disponíveis para entender a motivação e a dinâmica do relacionamento”, declarou um dos responsáveis pela investigação, que preferiu não se identificar.
A análise dos dispositivos eletrônicos da suspeita tem sido crucial para desvendar os momentos que antecederam o assassinato. As conversas com a IA podem revelar o estado emocional da esposa e fornecer pistas sobre o que a teria levado a cometer o crime.
O caso chocou a comunidade de Chapecó e levanta questões sobre o impacto da tecnologia nos relacionamentos e na saúde mental. A dependência de inteligências artificiais como válvulas de escape emocional tem se tornado cada vez mais comum e suscita debates sobre seus potenciais riscos.
A Polícia Civil continua a investigar o caso, buscando esclarecer todos os detalhes e determinar a extensão da influência da IA no trágico desfecho. A expectativa é que a análise completa dos dados coletados forneça respostas cruciais para a elucidação do crime.
