Diante do crescente risco de intoxicação por metanol, o Procon-PR emitiu um alerta urgente para estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas no estado. A recomendação visa intensificar a fiscalização e fornecer orientações cruciais tanto para empresas quanto para consumidores, garantindo a segurança e a saúde da população paranaense.
O órgão orienta bares, restaurantes e distribuidores a adotarem medidas rigorosas, como a exigência e o arquivamento de notas fiscais para rastreamento de produtos. Além disso, a recomendação inclui a imediata retirada de estoque de bebidas sem rótulo ou com procedência duvidosa, evitando o transvasamento ou recondicionamento de bebidas alcoólicas. A comunicação imediata às autoridades sanitárias em casos suspeitos é igualmente crucial.
Para os consumidores, o Procon enfatiza a importância de desconfiar de bebidas alcoólicas com preços excessivamente baixos ou que não possuam nota fiscal. “O consumo de produtos clandestinos aumenta consideravelmente o risco de intoxicação grave por metanol”, adverte o órgão, ressaltando a necessidade de priorizar a segurança ao escolher bebidas.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) também está em alerta, emitindo uma Nota Técnica para reforçar o monitoramento de casos de intoxicação por metanol. A medida é preventiva, considerando o recente aumento de casos e óbitos em outros estados, como São Paulo, onde investigações apontam para o consumo de bebidas clandestinas como causa.
Os sintomas de intoxicação por metanol podem variar, surgindo entre 6 e 24 horas após a ingestão. Os sinais incluem tontura, sonolência, dores abdominais, náuseas, vômitos, cefaleia e confusão mental, podendo evoluir para visão turva, fotofobia, dilatação da pupila, perda da visão de cores, convulsões e até mesmo coma. Em casos graves, a intoxicação pode levar à cegueira irreversível ou à morte.
Em caso de suspeita de intoxicação, o Paraná oferece suporte médico especializado através do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATOx), que orienta profissionais de saúde no atendimento. Adicionalmente, o governo estadual avalia a aquisição de ampolas do antídoto contra intoxicação por metanol, visando fortalecer ainda mais a capacidade de resposta e tratamento.
Fonte: http://massa.com.br
