O Brasil se despede de setembro com um cenário climático de extremos. Enquanto o Sul e o Norte enfrentam a fúria de tempestades, o Centro-Oeste e o Sudeste sofrem com uma intensa onda de calor. A combinação de eventos climáticos exige atenção redobrada e cuidados preventivos em diversas regiões do país.
No Sul, os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão sob alerta de tempo severo. A formação de núcleos de tempestades, impulsionada por uma baixa pressão atmosférica e alta umidade, traz consigo a ameaça de granizo, ventos fortes de até 60 km/h e descargas elétricas. Os maiores volumes de chuva são esperados no Rio Grande do Sul e em áreas do oeste de Santa Catarina e Paraná, elevando o risco de alagamentos e enxurradas.
Em contraste, o Sudeste enfrenta uma onda de calor implacável, com destaque para São Paulo e Minas Gerais. As temperaturas máximas podem ultrapassar os 40 °C no interior paulista, Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A baixa umidade relativa do ar, que pode atingir níveis críticos de 14%, aumenta a preocupação com a saúde da população e favorece a propagação de queimadas.
O Centro-Oeste também sente o peso da onda de calor, com temperaturas elevadas e baixa umidade em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Cidades como Cuiabá e Sinop podem registrar 39 °C, enquanto Campo Grande deve alcançar 36 °C. A ausência de chuvas significativas agrava a situação, caracterizando um cenário de emergência em algumas áreas.
Enquanto isso, o Nordeste apresenta um quadro mais ameno, com sol predominante no interior e chuvas fracas no litoral entre Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Já no Norte, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima devem enfrentar pancadas de chuva fortes, especialmente no período da tarde. A região da Amazônia pode registrar acumulados de chuva superiores a 70 mm.
Diante desse cenário, a orientação dos meteorologistas é clara: acompanhar as atualizações locais da previsão do tempo, evitar exposição prolongada ao calor, redobrar os cuidados com a hidratação e, em caso de tempestades, não se aventurar em áreas de risco de alagamentos ou enxurradas. A prevenção é a chave para minimizar os impactos desses eventos climáticos extremos.
Fonte: http://revistaoeste.com