São Paulo se destaca no cenário nacional na repressão a crimes de abuso sexual infantil praticados na internet. Dados da Diretoria de Combate a Crimes Cibernéticos da Polícia Federal (PF) revelam que o estado lidera o número de prisões, com 51 suspeitos detidos até agosto de 2025. Rio Grande do Sul, com 22 detenções, e Minas Gerais, com 20, seguem São Paulo na lista.
A gravidade do problema é evidenciada pelos números da Safernet, que apontam que 64% dos crimes virtuais registrados no primeiro semestre deste ano estão relacionados ao abuso sexual infantil. A organização, que atua na conscientização do uso da internet com foco em direitos humanos, reforça a urgência de ações de combate a essa prática criminosa.
O abuso sexual infantil online abrange diversas modalidades criminosas, incluindo a produção, venda, distribuição e armazenamento de pornografia infantil. Além disso, engloba o aliciamento de menores, a oferta de conteúdo impróprio e a transmissão ao vivo de cenas com crianças e adolescentes.
A intensificação do monitoramento de redes digitais, o aumento das denúncias anônimas e a cooperação com órgãos internacionais têm impulsionado o resgate de vítimas. Nos primeiros oito meses de 2025, a PF resgatou 77 vítimas de abuso sexual online, um aumento significativo em relação às 52 resgatadas em todo o ano de 2024.
As operações de combate a esses crimes envolvem a PF, as polícias civis, o Ministério Público e os conselhos tutelares. “As equipes trabalham para retirar as vítimas das situações de risco e garantir o encaminhamento a serviços de acolhimento e assistência”, informou a PF em nota.
As ações da PF visam desmantelar as redes de produção, compartilhamento e armazenamento de material ilegal. Mandados de busca e apreensão são cumpridos em diversos estados, juntamente com prisões preventivas, buscando responsabilizar os envolvidos nesses crimes.
Diante do avanço tecnológico e da crescente sofisticação dos criminosos, as autoridades reforçam o rastreamento de redes digitais para interromper as práticas criminosas. O objetivo é responsabilizar os envolvidos em abusos contra crianças e adolescentes, garantindo a proteção e o bem-estar das vítimas.
Fonte: http://revistaoeste.com