Financiamento da USAID em Eleições de 2022: Denúncia de Filipe Barros Expõe ‘Soberania de Fachada’ no Brasil

A recente denúncia do deputado Filipe Barros sobre o financiamento da USAID nas eleições brasileiras de 2022 reacende o debate sobre a influência estrangeira na política nacional. A acusação, longe de ser uma novidade, ecoa um relatório anterior da Civilization Works (CW), que já havia detalhado a intrincada teia de relações entre agências governamentais americanas, o STF, o TSE e a mídia progressista.

O relatório da CW, assinado pelo jornalista Michael Shellenberger, revelou como ONGs, consórcios de ‘checagem de fatos’ e campanhas contra ‘fake news’ e ‘discurso de ódio’ receberam financiamento para moldar narrativas. Barros, ao trazer o tema à tona, lança luz sobre o que muitos observadores já percebiam: a ‘soberania brasileira’, tão defendida pelo governo atual, seria apenas uma ferramenta de propaganda.

A investigação aponta que projetos como Fair Game, Comprova e DFRLab foram generosamente financiados para influenciar a opinião pública e orientar decisões judiciais. Essa ‘cooperação’, na realidade, configuraria uma sofisticada engenharia política, visando garantir um resultado eleitoral alinhado aos interesses do establishment americano, dominado por figuras ligadas ao Partido Democrata e ao presidente Joe Biden.

O ponto central da controvérsia reside na postura contraditória da esquerda brasileira. Enquanto clamam contra supostas ‘sanções americanas’ e defendem a ‘soberania nacional’, muitos foram beneficiários diretos dessa mesma ingerência estrangeira. Aplaudiram o que chamavam de ‘cooperação internacional’, cortejaram fundações estrangeiras e abraçaram um cosmopolitismo progressista.

Luís Roberto Barroso, ministro do STF, chegou a admitir publicamente ter buscado tal ‘ingerência’, evidenciando a complexidade e as nuances do debate. Como observou Machado de Assis, a verdadeira identidade nacional vai além de simples referências geográficas, exigindo uma imaginação genuína e ‘toques naturais’, não meramente ‘de acarreto’.

Em suma, a retórica nacionalista de certos setores políticos parece carecer de apreço genuíno pela pátria, servindo, antes, como instrumento para proteger seus próprios interesses, ameaçados por ações americanas em defesa de dissidentes e críticos no Brasil. A ‘soberania’ que defendem, portanto, soa tão artificial quanto uma campanha publicitária enganosa.

Fonte: http://revistaoeste.com

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