A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária vermelha, patamar 1, seguirá em vigor para o mês de outubro. A medida implica em um custo adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos. Apesar da continuidade da cobrança extra, há uma boa notícia: a taxa é menor que a dos meses de agosto e setembro, que estavam no patamar 2.
A decisão da Aneel reflete a persistência de volumes de chuva abaixo da média, impactando negativamente o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Essa situação obriga o acionamento de usinas termelétricas, cuja operação é mais cara e justifica a manutenção da bandeira vermelha. Operadores do mercado de energia já previam essa possibilidade.
Para o consumidor, a mudança representa um alívio no bolso, ainda que sutil. A bandeira vermelha patamar 2, vigente anteriormente, descontava R$ 78,77 por MWh utilizado (ou R$ 7,87 a cada 100 kWh). Agora, serão debitados R$ 44,63 por MWh utilizado (ou R$ 4,46 a cada 100 kWh), indicando uma redução no custo da energia, mas sem eliminar a taxa extra.
A Aneel justificou a necessidade de acionar as termelétricas, mesmo com a crescente utilização da energia solar. “É importante ressaltar que a fonte solar da geração é intermitente e não injeta energia para o sistema o dia inteiro. Por essa razão, é necessário o acionamento das termelétricas para garantir a geração de energia quando não há iluminação solar, inclusive no horário de ponta”, declarou a agência em nota.
As projeções da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) já indicavam essa tendência, dividindo-se entre a manutenção da bandeira vermelha 2 e o recuo para a vermelha 1. A piora nas expectativas de chuva desde fevereiro, somada ao aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD), contribuíram para o cenário atual.
Fonte: http://ric.com.br
