Em seu discurso na 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a soberania brasileira e criticou as sanções impostas pelo governo de Donald Trump. Lula rejeitou a anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, argumentando que a pacificação do país não pode ocorrer com impunidade. O presidente também expressou preocupação com o cenário internacional, alertando para uma crescente desordem marcada pela política do poder.
Lula condenou as medidas unilaterais e arbitrárias dos EUA contra instituições e autoridades brasileiras. Ele mencionou as sanções econômicas, a aplicação da Lei Magnitsky e a revogação de vistos, incluindo o do advogado-geral da União, Jorge Messias, como exemplos de agressão à soberania nacional. “Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra as nossas instituições e nossa soberania”, afirmou Lula.
O presidente ainda abordou a questão das sanções impostas à esposa do ministro do STF, Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, e ao instituto Lex, ligado à família do magistrado. O governo Lula classificou as ações de Trump como um ataque à soberania brasileira e saiu em defesa do ministro e do STF. “A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável”, declarou.
O Ministério das Relações Exteriores também se manifestou, considerando as medidas norte-americanas como “indevidas”. O governo brasileiro reafirmou que não se curvará a essa agressão e que defenderá suas instituições e sua soberania. A postura de Lula na ONU sinaliza uma escalada na tensão diplomática entre Brasil e Estados Unidos, especialmente em relação às políticas adotadas durante o governo Trump.
A assembleia da ONU também contou com a participação de Donald Trump, que discursou após Lula. Líderes de diversos outros países, como Indonésia, Turquia e Coreia do Sul, também marcaram presença no evento, que debateu temas cruciais para o cenário global.
Fonte: http://revistaoeste.com