O governo dos Estados Unidos elevou o tom nas relações com o Brasil ao revogar o visto do Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias. A informação foi divulgada inicialmente pela agência de notícias Reuters, ampliando o quadro de atritos entre os dois países.
Essa medida surge em meio a um cenário já tenso, marcado pela recente aplicação de sanções da Lei Magnitsky a Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e ao instituto Lex, ligado à família do magistrado. O anúncio das sanções havia sido feito pelo Departamento do Tesouro dos EUA na última segunda-feira (22).
As sanções impostas incluem o congelamento de eventuais bens sob jurisdição americana e restrições a transações financeiras internacionais. Anteriormente, em 30 de julho, o próprio ministro Alexandre de Moraes já havia sido alvo da Lei Magnitsky, demonstrando uma crescente pressão por parte do governo americano.
Diante das sanções contra sua esposa, o ministro Alexandre de Moraes manifestou-se publicamente, classificando a decisão do governo Trump como uma “agressão injusta”. A revogação do visto de Jorge Messias adiciona um novo capítulo a essa contenda diplomática, cujos desdobramentos permanecem incertos.