A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) mobilizou uma força-tarefa para identificar e prender os responsáveis pelo assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil. Fontes foi morto a tiros na última segunda-feira, 15, nas proximidades da prefeitura de Praia Grande, onde exercia o cargo de secretário municipal de Administração. O crime gerou forte comoção e mobilização das autoridades.
O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, assegurou que o caso é prioridade máxima para o governo estadual. Ele anunciou que a investigação contará com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), atendendo a um oferecimento do procurador-geral de Justiça. “Não pouparemos esforços para levar os criminosos à justiça”, declarou Derrite.
Ruy Ferraz Fontes, aos 68 anos, dedicou mais de quatro décadas ao serviço público. Sua trajetória na polícia foi marcada pela atuação no combate ao crime organizado, especialmente contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A principal linha de investigação da polícia aponta para uma retaliação da facção criminosa em decorrência do histórico de Fontes.
Fontes já havia sido alvo de atentados em outras ocasiões, escapando de emboscadas e confrontos ao longo de sua carreira. Em 2010, uma tentativa de ataque foi frustrada com a prisão de dois homens armados em frente a uma delegacia onde ele trabalhava. Incidentes semelhantes ocorreram em 2012, 2020 e 2022, demonstrando o risco constante a que estava exposto.
O ex-delegado teve um papel crucial nos primeiros indiciamentos de lideranças do PCC no início dos anos 2000, incluindo nomes como Marcola, Cesinha e Geleião. Essa atuação o tornou um alvo prioritário para a organização criminosa. O velório de Ruy Fontes será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo, seguido pelo sepultamento no Cemitério da Paz, em São Paulo.
Fonte: http://revistaoeste.com
