O Pentágono divulgou, nesta quarta-feira (2), que o ataque aéreo dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, ocorrido em 22 de junho, impactou significativamente o programa nuclear do Irã. Segundo a avaliação oficial, o desenvolvimento de armas nucleares foi retardado em um período estimado entre um e dois anos. A declaração do porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, detalha as consequências da operação, corrigindo estimativas anteriores que apontavam para uma destruição total da capacidade nuclear iraniana.
A operação, batizada de “Martelo da Meia-Noite”, mobilizou uma força considerável de 125 aeronaves, incluindo bombardeiros B-2, que lançaram bombas antibunker de alta capacidade sobre as instalações de enriquecimento de urânio de Fordow e Natanz. Complementarmente, um submarino americano lançou mísseis Tomahawk contra a planta nuclear de Isfahan. O objetivo central era atingir a infraestrutura essencial para a produção de armamento nuclear, como detalhado a seguir.
De acordo com Parnell, as conversas com aliados regionais e globais convergiram para um consenso sobre a efetividade da operação. “Há consenso sobre a degradação do programa nuclear iraniano e o fato de que ele foi atrasado entre um e dois anos”, afirmou o porta-voz, enfatizando a relevância do impacto. A avaliação mais precisa, segundo ele, aponta para um atraso mais próximo dos dois anos, demonstrando a severidade dos danos infligidos.
Os danos causados às instalações nucleares concentraram-se na destruição de componentes cruciais para a produção de armas. “Destruímos os componentes necessários para construir uma bomba”, explicou Parnell, destacando que a ofensiva não se limitou a atingir o urânio enriquecido ou as centrífugas. A destruição da infraestrutura técnica necessária para a fabricação de um dispositivo nuclear foi um elemento chave para o sucesso da operação.
Embora o presidente Donald Trump tenha classificado a operação como um sucesso, durante a cúpula da OTAN em Haia, afirmando que os ataques teriam “afetado a capacidade do Irã de desenvolver armas nucleares por muitos anos”, um relatório de inteligência vazado sugeriu um atraso de apenas alguns meses. Diante da discrepância, o Pentágono revisou sua avaliação, consolidando o período de um a dois anos como a estimativa mais precisa do impacto da ofensiva.
Fonte: http://vistapatria.com.br