O grupo rebelde Houthi, com base no Iêmen e alinhado ao Irã, intensificou o conflito no Oriente Médio ao lançar um míssil contra Israel na madrugada deste sábado, 28 de junho de 2025. A ação, segundo a organização, representa uma resposta direta à ofensiva israelense na Faixa de Gaza, marcando uma escalada perigosa no já tenso cenário regional. O ataque ocorre em meio a crescentes temores de uma guerra mais ampla envolvendo diversos países.
O porta-voz militar dos Houthis, Yahya Saree, declarou em comunicado que o míssil tinha como alvo uma “posição inimiga sensível” localizada na cidade de Berseba, no sul de Israel. Curiosamente, a mesma região foi palco de um incidente recente, no qual um hospital foi parcialmente destruído há aproximadamente uma semana. A escolha do alvo, portanto, parece ter um significado estratégico e simbólico.
Em resposta ao ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram o lançamento por meio de uma publicação na plataforma X, informando que as sirenes de alerta foram acionadas em áreas próximas ao impacto potencial. As FDI acrescentaram que o projétil foi “muito provavelmente interceptado com sucesso”, minimizando os danos causados pelo ataque. Apesar da interceptação, o incidente eleva a tensão e aumenta a probabilidade de novas hostilidades.
O governo israelense já havia emitido um alerta severo, ameaçando impor um bloqueio naval e aéreo ao Iêmen caso os ataques perpetrados pelos Houthis persistam, segundo informações da agência Reuters. Essa ameaça de bloqueio, caso implementada, poderia agravar ainda mais a já precária situação humanitária no Iêmen, um país assolado por anos de guerra civil e crise econômica. A situação demonstra a fragilidade do momento.
A escalada da violência ocorre após o anúncio, no último domingo, de que o Iêmen, sob o controle dos Houthis, estaria entrando na guerra ao lado do Irã contra Israel e os Estados Unidos. “O Iêmen está oficialmente entrando na guerra (contra os Estados Unidos e Israel). Mantenham seus navios longe de nossas águas territoriais”, declarou Saree, segundo o Tehran Times. A declaração representa uma escalada no conflito regional que já envolve vários países do Oriente Médio.
Os Houthis, formalmente conhecidos como Ansar Allah (Partidários de Deus), controlam aproximadamente um terço do território iemenita, incluindo a capital Sanaa e a costa do Mar Vermelho. O grupo integra o chamado “eixo de resistência” liderado pelo Irã, que se opõe aos Estados Unidos e a Israel, desempenhando um papel crucial na dinâmica de poder regional. A crescente influência do grupo preocupa as potências ocidentais e seus aliados na região.
Fonte: http://www.poder360.com.br
