Jair Bolsonaro (PL), mesmo inelegível, projeta uma forte influência no cenário político de 2026. Durante um evento do PL Mulher em Brasília, o ex-presidente afirmou que, caso sua base eleja a maioria no Senado, terá mais poder do que o próprio presidente da República. A declaração explicita a ambição de Bolsonaro em continuar exercendo um papel central na política nacional, mesmo diante das restrições impostas pela Justiça Eleitoral.
O objetivo, segundo Bolsonaro, é impulsionar pautas caras ao bolsonarismo, como a sabatina de indicados ao STF e a possibilidade de impeachment de ministros da Corte. “Nos decidimos quem vai ser indicado ao Supremo. As agências só terão pessoas qualificadas. Ouso dizer: mandaremos mais que o próprio presidente da república”, declarou, demonstrando confiança em sua capacidade de influenciar o futuro do país.
Além disso, Bolsonaro compartilhou uma pesquisa que aponta para uma crescente rejeição à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sinalizando um otimismo cauteloso em relação ao desempenho da direita nas próximas eleições. “Juntamente com outros partidos de centro-direita, devemos fazer uma ampla maioria na Câmara e mais de 40 para o Senado”, afirmou, indicando uma estratégia de coalizão para fortalecer sua base de apoio.
Uma pesquisa recente da Genial/Quaest revela um cenário eleitoral incerto, com Lula empatado em simulações de segundo turno com diversos candidatos, incluindo Bolsonaro. Esse quadro demonstra que, apesar da inelegibilidade, Bolsonaro continua sendo um nome de peso na disputa, capaz de polarizar o debate e mobilizar seus eleitores.
A declaração de Bolsonaro reacende o debate sobre o papel do Senado e o equilíbrio de poderes na República. A promessa de exercer influência superior à do presidente, caso obtenha maioria no Senado, levanta questões sobre a governabilidade e a estabilidade política do país nos próximos anos.
Fonte: http://www.poder360.com.br