O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou que a Polícia Federal (PF) inclua a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista vermelha da Interpol. A decisão, divulgada nesta quarta-feira (5), atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e tem como objetivo localizar a parlamentar, que está fora do Brasil desde o final de maio.
A medida visa facilitar a extradição de Zambelli, condenada pelo STF a 10 anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PGR havia solicitado a prisão preventiva da deputada, prontamente deferida por Moraes, intensificando os esforços para trazê-la de volta ao país e garantir o cumprimento da pena.
Segundo informações, Zambelli deixou o Brasil por via terrestre, atravessando a fronteira com a Argentina e seguindo viagem para fora da América do Sul. “A travessia da fronteira entre Brasil e Argentina na região utilizada por ela não exige controle migratório rigoroso”, detalha o documento oficial. A ausência de registro formal da saída da deputada pela Polícia Federal demonstra a estratégia utilizada para evitar a detecção imediata.
Em entrevista a um canal no YouTube, Zambelli confirmou sua saída do país, alegando que o motivo inicial da viagem seria a busca por tratamento médico. No entanto, Moraes refuta essa justificativa, argumentando que a viagem tem como objetivo “se furtar à aplicação da lei penal”. A decisão do ministro ressalta a proximidade do julgamento dos embargos de declaração e a iminente decretação da perda do mandato parlamentar.
Além da inclusão na lista da Interpol, Moraes também impôs uma multa diária de R$ 50 mil a Zambelli por postagens nas redes sociais que reiterem condutas criminosas. O ministro justificou a medida como um meio de evitar a continuidade das ações que levaram à condenação, reforçando a necessidade de responsabilização e o cumprimento das decisões judiciais.
Fonte: http://vistapatria.com.br