Durante a retomada das operações do Porto de Itajaí, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou o palco para desferir críticas contundentes à gestão anterior, liderada por Jair Bolsonaro. O foco principal foi a política de austeridade, questionada de forma incisiva pelo atual mandatário.
Lula ironizou os cortes em ministérios como Trabalho, Cultura, Igualdade Racial e Direitos Humanos, questionando: “Economizar para quem, cara pálida? Para dar dinheiro para os ricos de sempre e as pessoas não terem dinheiro?”. A declaração acende o debate sobre o destino dos recursos públicos e as prioridades de cada governo.
Em um desafio direto, Lula comparou os investimentos de seu governo com os da gestão Bolsonaro, convidando seus opositores a apresentarem realizações concretas. “Poderia desafiar fazendo a comparação entre os investimentos que nós fizemos em dois anos aqui e o investimento que o outro fez nos quatro anos que ele estragou esse país”, declarou o presidente.
O presidente também lamentou o congelamento de reajustes em áreas sociais, mencionando a merenda escolar e o salário mínimo. “A merenda escolar, que não chama mais merenda escolar, que é refeição, com sete anos sem aumento. Salário mínimo, seis anos sem aumento. É de se perguntar o que fizeram nesse país”, pontuou Lula.
Contudo, a afirmação de Lula sobre o crescimento do Brasil ser superior a 3% apenas em seus governos foi contestada por dados oficiais. Segundo o IBGE e o Banco Mundial, o PIB brasileiro cresceu 3,9% em 2011 e 5,0% em 2021, respectivamente, sob as gestões de Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro.
Essa imprecisão nos dados apresentados por Lula levanta questionamentos sobre a veracidade de suas declarações econômicas. A divergência entre o discurso presidencial e as estatísticas oficiais coloca em xeque a narrativa de recuperação econômica exclusiva de seu governo.
Fonte: http://revistaoeste.com
