Luto na fotografia: Morte de Sebastião Salgado comove o Brasil e o mundo

O mundo da fotografia e o Brasil se despedem de Sebastião Salgado, renomado fotógrafo que faleceu nesta sexta-feira (23), aos 81 anos, em Paris. Nascido em Aimorés, Minas Gerais, Salgado deixa um legado de imagens impactantes que retrataram a condição humana, a beleza da natureza e as desigualdades sociais. A notícia de sua morte gerou comoção e homenagens de autoridades, artistas e admiradores em todo o mundo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu pesar através das redes sociais, destacando a alma e o coração que Salgado imprimia em suas fotografias. “Salgado não usava apenas seus olhos e sua máquina para retratar as pessoas: usava também a plenitude de sua alma e de seu coração”, escreveu o presidente, ressaltando o inconformismo do fotógrafo com as desigualdades e seu talento em retratar a realidade dos oprimidos.

O vice-presidente Geraldo Alckmin também se manifestou, mencionando que, através de suas lentes, Sebastião Salgado revelou belezas e injustiças do mundo, congeladas em registros fotográficos. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, homenageou o fotógrafo, afirmando que “sua lente capturou a alma do mundo, com olhar humano, poético e profundamente transformador”.

A importância de Salgado transcendeu as fronteiras brasileiras. Em Paris, o ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros da França, Jean-Noël Barrot, lamentou a morte do fotógrafo, referindo-se a ele como um “grande artista franco-brasileiro”. Barrot recordou as palavras do fotógrafo: “Quero que minhas fotografias contem histórias que façam as pessoas pararem e pensarem mais do que nunca. Sinto que a raça humana é uma só”.

Outras figuras importantes também prestaram suas homenagens. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, lamentou a perda de um amigo e um dos maiores expoentes da fotografia mundial. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, destacou o olhar de Salgado para a proteção ambiental, das comunidades indígenas e outras causas importantes da humanidade, citando-o como um patrimônio cultural brasileiro.

Instituições como a Academia de Belas Artes da França e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também expressaram seu pesar. O MST ressaltou a relação de solidariedade e apoio que Sebastião Salgado manteve com o movimento, reconhecendo-o como uma das mais legítimas expressões da luta por justiça social no Brasil. A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) destacou que o legado de Salgado inspira não apenas a fotografia, mas também o engajamento humanitário e ambiental.

Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br

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