Após um mês de debates acalorados entre a base aliada e a oposição, a Câmara Municipal de São Paulo finalmente dará andamento à primeira Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da atual legislatura. A CPI dos Pancadões, que tem como objetivo investigar festas clandestinas na capital, deve ser instalada na próxima semana, marcando um ponto de virada após impasses que paralisaram outras iniciativas.
A aprovação da CPI dos Pancadões, ocorrida em 15 de abril, representa uma vitória para a base do prefeito Ricardo Nunes (MDB). O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União Brasil), formalizou a instalação por meio de um ofício, superando as resistências que impediram o avanço de outras CPIs aprovadas anteriormente.
No início de abril, duas outras CPIs, focadas em enchentes no Jardim Pantanal e em possíveis fraudes em programas habitacionais, foram aprovadas. No entanto, a falta de indicações por parte da base governista as manteve paralisadas, levando a oposição a acionar a Justiça. Teixeira, por sua vez, alegou que só nomearia os membros por determinação judicial definitiva, o que não ocorreu.
Diante do impasse, a base governista articulou a aprovação de CPIs consideradas mais favoráveis ao Executivo, incluindo a dos Pancadões e a das Íris. Em resposta, a oposição optou por não indicar seus representantes, em forma de protesto contra o que consideravam uma manobra política.
Para destravar o processo, Ricardo Teixeira nomeou diretamente os vereadores Luna Zarattini (PT) e Toninho Vespoli (PSOL) por ofício, mesmo sem a formalização das indicações partidárias. Com essa medida, a CPI dos Pancadões poderá seguir adiante, iniciando as investigações no legislativo paulistano e superando as divergências políticas que a mantiveram suspensa.
Fonte: http://revistaoeste.com