O Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical) manifestou forte repúdio às declarações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, a respeito da atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) na fiscalização do INSS. A entidade divulgou uma nota oficial exigindo retratação imediata do ministro, classificando suas falas como um “ataque irresponsável”.
As críticas do sindicato surgem em resposta a declarações de Rui Costa ao jornal *O Globo*, nas quais ele questiona a condução das investigações sobre fraudes no INSS pela CGU, liderada por Vinicius Carvalho. Segundo Costa, a função da Controladoria seria “impedir o crime”, e não apenas “apurar o crime”, papel que ele atribui à Polícia Federal.
Em sua nota, o Unacon Sindical argumenta que as declarações de Rui Costa revelam um “profundo desconhecimento das atribuições legais da CGU e do processo de auditoria interna”. Além disso, a entidade considera as falas do ministro uma “grave ofensa ao corpo técnico do órgão”, que, segundo o sindicato, atua com profissionalismo e compromisso com o interesse público, mesmo diante de limitações orçamentárias e de pessoal.
A entidade também ressaltou que alertas e recomendações para aprimorar a gestão de consignados em folha foram emitidos ao INSS em 2024. A CGU já havia identificado indícios de irregularidades em um a cada quatro contratos, incluindo fraudes e averbações não autorizadas, o que motivou diversas reuniões com técnicos do INSS para ampliar o escopo da auditoria.
O sindicato conclui a nota exigindo uma retratação imediata de Rui Costa, argumentando que seu “ataque irresponsável” fragiliza o Estado democrático de direito e põe em risco os instrumentos legítimos de defesa do patrimônio público. A controvérsia reacende o debate sobre o papel e a autonomia dos órgãos de controle na administração pública.
Fonte: http://revistaoeste.com