Lula em Moscou: Participação em Desfile Militar ao Lado de Líderes de Regimes Autocráticos Gera Debate

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará, nesta sexta-feira, do desfile militar que marca os 80 anos da vitória da União Soviética na Segunda Guerra Mundial. A presença do líder brasileiro no evento, organizado pelo Kremlin, tem gerado discussões e levanta questionamentos sobre o alinhamento do Brasil com regimes não democráticos.

Lula chegou a Moscou na quarta-feira, onde cumprirá uma agenda que inclui encontros diplomáticos e comerciais. A cerimônia, que ocorrerá na Praça Vermelha, contará com a presença de autoridades de diversos países convidados pelo governo russo. A expectativa é que Lula acompanhe o desfile de uma tribuna especial, ao lado de outros líderes.

A participação de Lula no evento ganha destaque devido à presença de chefes de Estado de nações com histórico de regimes autoritários. Entre os convidados confirmados estão Xi Jinping, da China; Miguel Díaz-Canel, de Cuba; e Aleksandr Lukashenko, da Bielorrússia. Essa reunião de líderes levanta preocupações sobre as relações do Brasil com governos que enfrentam críticas internacionais por suas práticas antidemocráticas.

De acordo com informações divulgadas, dos 29 países convidados para o desfile, 18 são considerados “autocracias”. A ausência de líderes europeus críticos à Rússia e à guerra na Ucrânia também chama a atenção, com apenas o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, e os presidentes da Sérvia e da Bielorrússia confirmando presença entre os europeus. Esse cenário reforça o caráter seletivo dos convites e o possível viés político do evento.

A agenda de Lula na Rússia não se resume ao desfile militar. Estão previstas reuniões com o governo russo para discutir acordos bilaterais nas áreas de comércio, energia, ciência e tecnologia. Além disso, o presidente brasileiro se encontrará com o premiê da Eslováquia, Robert Fico, buscando ampliar as exportações brasileiras. No sábado, Lula seguirá para Pequim, onde se reunirá com o presidente chinês Xi Jinping, dando continuidade à sua agenda diplomática na Ásia.

Fonte: http://revistaoeste.com

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