A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (6), a Operação DeLorean, um duro golpe contra um esquema de fraudes milionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que operava no Distrito Federal. A ação tem como objetivo desarticular um grupo criminoso responsável por desviar cerca de R$ 60 milhões dos cofres públicos.
As investigações revelaram um intrincado esquema que utilizava vínculos empregatícios e documentos falsificados para a obtenção fraudulenta de benefícios previdenciários. Agentes da PF identificaram empresas ligadas a contadores sob investigação, além da participação de dois advogados, que atuavam na falsificação de documentos para viabilizar aposentadorias irregulares.
Durante a operação, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão em diversas localidades do Distrito Federal. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de bens dos investigados e a revisão de 232 benefícios considerados suspeitos, visando coibir a continuidade dos desvios. Estima-se que o prejuízo total causado pelo esquema, que operava desde 2014, possa ultrapassar R$ 200 milhões.
As fraudes no INSS têm gerado grande preocupação entre as autoridades. O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, recentemente exigiu que o INSS apresente, em um prazo de 15 dias, explicações sobre a forma como pretende ressarcir aposentados que tiveram valores descontados indevidamente por entidades associativas.
A decisão de Dantas expôs um racha interno no TCU, revelado pelo site Metrópoles. Existe um processo sobre o escândalo no INSS, sob relatoria do ministro Aroldo Cedraz, que tem sido acusado por colegas de atrasar as investigações. A demora, na prática, beneficiou as associações investigadas, já que o andamento do processo poderia acabar com todos os descontos indevidos nas aposentadorias.
Fonte: http://revistaoeste.com