O Palácio do Planalto sediou, nesta quarta-feira, a cerimônia de posse de Frederico de Siqueira Filho como novo ministro das Comunicações. O evento, que marcou a ascensão de Siqueira Filho ao cargo, também contou com a presença de Juscelino Filho, seu antecessor na pasta, atualmente sob investigação por suposto envolvimento em desvios de recursos públicos.
A participação de Juscelino Filho na solenidade gerou repercussão, considerando que ele deixou o cargo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF). As acusações incluem crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com suspeitas de desvio de mais de R$ 50 milhões em emendas parlamentares.
Frederico de Siqueira Filho já vinha exercendo influência na gestão como presidente da Telebras desde 2023, tendo sido indicado ao cargo por Juscelino Filho. Segundo informações, o ex-ministro atuou nos bastidores para garantir que Siqueira Filho fosse o escolhido para sucedê-lo no comando do Ministério das Comunicações.
O Ministério das Comunicações justificou a presença de Juscelino Filho na cerimônia, alegando ser praxe a participação de ex-ministros em posses oficiais. A pasta ressaltou que Juscelino Filho foi o último ministro efetivo antes de Frederico assumir interinamente o cargo, que agora ocupa de forma oficial.
De acordo com a denúncia da PGR, Juscelino Filho teria direcionado ao menos R$ 5 milhões em benefício de propriedades de sua família em Vitorino Freire (MA), cidade onde sua irmã, Luanna Rezende, exercia o cargo de prefeita. As investigações da Polícia Federal (PF) apontam ainda para um possível esquema de desvio de verbas federais na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que também o envolve.
Fonte: http://revistaoeste.com
