O Vaticano se prepara para um momento crucial na história da Igreja Católica. Nesta terça-feira, cardeais de todo o mundo iniciam o isolamento no Domus Sanctae Marthae e outras dependências vaticanas, marcando o prelúdio do conclave que elegerá o novo Papa, sucessor de Francisco. A busca pelo 267º pontífice mobiliza 1,4 bilhão de católicos e atrai a atenção global.
A partir desta quarta-feira, o silêncio digital se impõe. A Santa Sé anunciou o corte dos sinais de telefonia e internet no interior do Vaticano, blindando os cardeais de qualquer influência externa durante o processo eleitoral. “Príncipes da Igreja”, como são conhecidos, permanecerão incomunicáveis, mantendo o sigilo absoluto sobre os debates e votações na Capela Sistina.
Na Praça de São Pedro, a expectativa cresce. Milhares de fiéis aguardam ansiosamente o sinal da chaminé da Capela Sistina, indicando a eleição do novo líder da Igreja Católica. Enquanto as eleições de Bento XVI em 2005 e Francisco em 2013 duraram cerca de dois dias, analistas preveem um conclave mais longo em 2025, dada a diversidade de cardeais de 70 países.
Um seleto grupo de 133 cardeais eleitores, com menos de 80 anos, participará da votação. A maioria deles foi nomeada durante o pontificado de Francisco, refletindo a influência do Papa latino-americano na composição do Colégio Cardinalício. O número elevado de participantes exigiu a adaptação de um edifício vizinho ao Domus Sanctae Marthae para acomodar todos os eleitores.
Questões cruciais para o futuro da Igreja estão em pauta. Desde a morte de Jorge Mario Bergoglio, em 21 de abril, os cardeais têm se reunido para discutir temas como as finanças do Vaticano, o enfrentamento aos escândalos de abusos sexuais, a busca pela unidade da Igreja e o perfil ideal do próximo Papa. Esses debates intensos guiarão a reflexão e o voto de cada cardeal na emblemática Capela Sistina.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br