O Tribunal de Contas da União (TCU) acatou uma representação do deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) que pede investigação sobre a suposta omissão do ex-ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, em relação a descontos não autorizados em benefícios do INSS. O caso, que envolve suspeitas de fraude que podem ter desviado mais de R$ 6 bilhões, será relatado pelo ministro Bruno Dantas.
Segundo Sanderson, Lupi tinha conhecimento dos problemas desde 2022, mas teria falhado em tomar as devidas providências. O deputado alega que o ex-ministro cometeu crime de responsabilidade, criticando a demora em reagir diante dos alertas formais registrados em atas de reuniões. “Apesar dos alertas formais, registrados em atas de reuniões, o ministro levou cerca de um ano para tomar as primeiras providências”, declarou o parlamentar.
A saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social ocorreu sob forte pressão do Congresso Nacional, com articulação da ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann. A substituição, apesar de manter um nome do PDT no cargo, deixou Lupi ressentido com a cúpula do PT. Aliados relatam incômodo com a condução da exoneração, levantando a possibilidade de um afastamento do partido da base aliada.
Agora, a oposição busca impedir a nomeação de Wolney Queiroz (PDT-PE) para o comando da pasta, argumentando que ele daria continuidade ao legado de omissão atribuído a Lupi. A investigação do TCU promete trazer novos desdobramentos para o caso, com impacto potencial no cenário político e na gestão da Previdência Social.
Fonte: http://revistaoeste.com
