A oposição no Congresso Nacional obteve um importante avanço ao coletar assinaturas suficientes para a instalação da CPMI do INSS (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito). O objetivo é investigar um suposto esquema de fraudes que, segundo a Polícia Federal, causou um rombo de R$ 6,3 bilhões nos cofres da Previdência Social. A iniciativa ganha destaque não apenas pelo montante envolvido, mas também pelo apoio inesperado.
O caso tem potencial para gerar ainda mais desgaste ao governo Lula, após a queda de Carlos Lupi do Ministério da Previdência Social. Surpreendentemente, a lista de apoiadores da CPMI inclui um deputado e um senador do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin. Essa adesão de membros da base governista adiciona um elemento de tensão à articulação política do Palácio do Planalto.
Os parlamentares do PSB que assinaram o pedido são o deputado Heitor Schuch (RS) e o senador Flavio Arns (PR), conforme reportado pela CNN Brasil. Em um discurso na Câmara, o deputado Heitor Schuch defendeu a necessidade de investigar as fraudes no INSS. “Precisamos apurar a fundo essas denúncias e punir os responsáveis”, declarou o deputado, sem, contudo, comentar sobre a assinatura do requerimento da CPMI.
Até o momento, nem Schuch nem Arns se manifestaram publicamente sobre a assinatura do requerimento da CPMI. O silêncio dos parlamentares do PSB levanta questionamentos sobre os motivos que os levaram a apoiar a investigação, contrariando a orientação do governo. A situação exige atenção, pois pode indicar fissuras na base de apoio ao governo Lula no Congresso.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br