Ministério do Trabalho Aumenta Repasses a ONGs, Beneficiando Aliados e Gerando Suspeitas

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) elevou significativamente os repasses para organizações não governamentais (ONGs) em 2024, quintuplicando os valores em comparação com anos anteriores. A medida atraiu atenção, especialmente porque algumas das entidades mais beneficiadas possuem ligações com o ministro Luiz Marinho e sua base política.

Entre as ONGs que mais receberam recursos está uma entidade com raízes no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, reduto político de Marinho. A Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil (Unisol) também teve um aumento expressivo, saltando de um teto de R$ 4,2 milhões anuais para R$ 17,6 milhões em 2024.

A Unisol, sediada em São Bernardo do Campo, firmou um contrato de R$ 15,8 milhões para atuar em Roraima, organizando catadores e removendo lixo da terra indígena Yanomami. Os recursos são provenientes de ações federais de combate à crise humanitária na região. O ministério defende que o contrato foi resultado de uma chamada pública com aprovação técnica.

Entretanto, a Controladoria-Geral da União (CGU) tem questionado a transparência e o controle dos convênios firmados. A CGU classificou como “incipientes” os mecanismos de controle adotados pelo Ministério do Trabalho nos contratos com ONGs, levantando dúvidas sobre a gestão dos recursos públicos.

Além disso, outras duas ONGs que receberam repasses significativos estão sob investigação por suspeitas de irregularidades. O Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social, por exemplo, foi declarado inidôneo pela CGU devido à falta de transparência, enquanto o Instituto de Políticas Públicas Brasil Digital é investigado por suspeitas de combinação de propostas e descumprimento de cláusulas contratuais.

Fonte: http://revistaoeste.com

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