Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou um esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que lesou cerca de 4 milhões de aposentados e pensionistas. A fraude, que envolve associações criadas com assinaturas falsificadas, foi exposta em uma reportagem do programa Fantástico, da TV Globo.
O esquema teve início em 2019, quando o INSS permitiu que associações, como as investigadas, efetuassem cobranças automáticas diretamente das folhas de pagamento dos beneficiários. A única exigência era a apresentação de um documento que comprovasse a adesão voluntária do aposentado, comprovada por uma simples assinatura.
Entretanto, a perícia da PF constatou que as assinaturas apresentadas pelas associações eram falsas. Os descontos indevidos, identificados nos contracheques como “contribuição” seguida do nome da associação e um número de telefone, variavam entre R$ 30 e R$ 50. Muitos beneficiários sequer identificavam para onde o dinheiro estava sendo direcionado.
Até o momento, seis suspeitos foram presos. A prisão ocorreu após a comparação das assinaturas de uma aposentada de Feira de Santana com documentos fraudulentos utilizados por uma das associações para autorizar os descontos. Segundo o delegado Carlos César Pereira de Melo, “A assinatura que foi posta no termo de filiação e na autorização de desconto são falsificadas. Nós identificamos elementos que apontam o nascimento dessas entidades, já com cometimento de crimes”.
As entidades sob investigação são a Associação Universo e a APDAP PREV, supostamente controladas pelos empresários Alexsandro Prado Santos, conhecido como Lequinho, e Sandro Temer de Oliveira, ambos detidos na operação. As investigações apontam que os valores desviados do INSS eram direcionados para empresas de fachada. Até o momento, a defesa dos empresários não se manifestou sobre o caso.
Fonte: http://agoranoticiasbrasil.com.br
