Assembleia Legislativa do Parana

Polícia Civil faz operação contra fraude em concursos públicos em vários municípios do PR

Polícia cumpriu mandados em operação que apura fraudes em concursos públicos no PR — Foto: DECCOR/Polícia Civil

A Polícia Civil do Paraná realizou na última quinta-feira (11) a "Operação Consilium Fraudis" para investigar fraudes em concursos públicos no estado. A operação tem o objetivo de apurar a suposta participação de servidores municipais em um esquema de venda de "pacotes ilícitos" a prefeituras, favorecendo candidatos nos concursos. Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão em Cascavel e Umuarama, com a participação de 84 policiais e quatro peritos. As informações são do G1.

 

De acordo com a polícia, os contratos suspeitos firmados com as prefeituras ultrapassam R$ 22 milhões. As investigações tiveram início após denúncias de moradores de São Miguel do Iguaçu sobre fraude em um concurso público realizado em 2019. Os denunciantes relataram venda de cargos e fraudes na correção dos gabaritos. Além disso, foi constatado que as bancas concorrentes eram registradas em nome de laranjas, garantindo que a empresa envolvida no esquema ganhasse o contrato.


O ex-prefeito Claudiomiro da Costa Dutra informou que o concurso de 2019 em São Miguel do Iguaçu foi suspenso e nenhum candidato convocado. Ele também afirmou que o dinheiro das inscrições foi devolvido aos participantes e o contrato com a empresa foi cancelado.


A polícia reuniu diversos elementos ao longo da investigação que comprovam a fraude. Segundo as autoridades, foram encontrados indícios de conluio entre as pessoas físicas e jurídicas investigadas, bem como de um padrão fraudulento oferecido aos órgãos públicos que adquiriam o "pacote ilícito", como modelos de editais com cláusulas restritivas fornecidas pelas bancas aos órgãos públicos.


As fraudes em concursos foram constatadas também em outras cidades do Paraná e em outros estados. A polícia destacou que algumas das empresas investigadas são fantasmas ou laranjas, utilizadas para fornecer orçamentos e documentação em procedimentos licitatórios, criando uma ilusão de competição necessária para o esquema criminoso. Até o momento, não foram divulgados os nomes das pessoas físicas e jurídicas envolvidas no esquema.


Assista a reportagem (via X e Facebook):

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